segunda-feira, 13 de novembro de 2017

Exército abre mais chamadas para compra de alimentos de agricultores familiares

Unidades do Exército nos Estados de Alagoas, Minas Gerais e Rio Grande do Sul estão com chamadas públicas abertas para compra de alimentos da agricultura familiar. No total, serão investidos R$ 380 mil. As aquisições serão feitas por meio da modalidade Compra Institucional do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Social (MDS).

Com o modelo, órgãos da administração federal, estadual e municipal podem comprar, com recursos próprios, produtos dos agricultores familiares. Na modalidade, cada produtor poderá vender até o limite de R$ 20 mil, por ano, para cada órgão comprador. Já as cooperativas ou associações, o limite é de R$ 6 milhões por ano, por órgão comprador.

O agricultor Roberto Luiz Balen produz frutas, legumes e hortaliças no município gaúcho de Aratiba. Ele conta que já está se preparando para participar da chamada do 6º Grupo de Artilharia de Campanha. “As chamadas públicas têm uma importância muito grande para nós. É uma oportunidade a mais que se abre para comercializarmos o que produzimos”.

O segundo tenente Elvio Cassimiro Doss, responsável pela área de compras da unidade, afirma que o PAA contribui para o desenvolvimento local, além de garantir alimentos frescos e de boa qualidade para a alimentação dos militares.

“Para o Exército, é importante porque estamos comprando uma alimentação produzida na região. São hortaliças e produtos frescos. Tenho certeza que nesta chamada pública vai aumentar o número de fornecedores”, afirma. O grupo de artilharia vai investir mais de R$ 17 mil na compra de frutas e legumes. O prazo para o envio das propostas e dos documentos de habilitação vai até o dia 7 deste mês.

No Estado de Alagoas, o 59º Batalhão de Infantaria Motorizado investirá R$ 346,7 mil na aquisição de itens como frutas, legumes, carnes, peixe, farinhas e feijão. Os produtos serão destinados para o rancho dos militares e para a alimentação das crianças e jovens do Programa Forças no Esporte. O prazo para o envio das propostas vai até o dia 9 deste mês.

Já em Minas Gerais, a chamada pública é da 4ª Brigada de Infantaria Leve. A unidade vai investir R$ 23 mil na compra de frutas e legumes. Os interessados em participar têm até o dia 16 para enviar as propostas e os documentos.

Segundo a coordenadora -geral de Aquisição e Distribuição de Alimentos do MDS, Hetel Santos, o governo federal trabalha para assegurar o fortalecimento da agricultura familiar e gerar renda e inclusão social.

“As chamadas públicas estão ocorrendo em todo o território nacional. O MDS tem promovido várias ações para a promoção da agricultura familiar com o objetivo de mostrar para os órgãos públicos que comprar do agricultor familiar é fundamental para a promoção da oferta de alimentos de qualidade, da inclusão social e da geração de renda, além do fortalecimento do circuito de comercialização”.

Informações sobre os programas do MDS: 0800 707 2003

terça-feira, 31 de outubro de 2017

Greenpeace lança relatório sobre agricultura brasileira e testes mostram que 36% dos alimentos têm agrotóxicos acima do limite ou proibidos

No último dia 30 deste mês, a ONG Greenpace apresentou um relatório sobre a agricultura brasileira. Além de trazer um panorama sobre a agricultura brasileira, foram realizados neste relatório novos testes toxicológicos em diversos alimentos comuns da dieta dos brasileiros. É fato: estamos comendo comida com veneno todos os dias


Alimentos analisados: Mamão-formosa, tomate, couve, pimentão verde, laranja-pera, banana-prata, banana-nanica, café, arroz integral, arroz branco, feijão preto e feijão-carioca. Mais da metade das cinquenta amostras continha resíduos de agrotóxicos, sendo que foram detectadas substâncias proibidas para determinados alimentos e pesticidas acima do limite permitido por lei. Como se não bastasse, foram detectadas substâncias banidas em outros países e também um agrotóxico proibido no Brasil.

ACESSE AQUI

•  Relatório resumido - Segura esse Abacaxi

quarta-feira, 18 de outubro de 2017

Pesquisadora desenvolve produto que afasta pragas das lavouras

Um produto, desenvolvido por uma pesquisadora de Uberlândia, ajuda produtores rurais a manter longe as pragas da lavoura. Uma mistura de minérios e metais que regulam as funções das plantas.



Vídeo disponível em: https://www.youtube.com/watch?time_continue=46&v=mHblYx1cOYA

terça-feira, 10 de outubro de 2017

Simpósio Compras de Alimentos da Agricultura Familiar - Minas Gerais

Conforme relatado pelo Sr. Luiz Eduardo (SFA/MAPA) na última reunião da CPOrg-MG (07/08/17), o Decreto 8473/2015 prevê que 30% dos alimentos adquiridos pela administração pública sejam provenientes da agricultura familiar. No entanto, a não capacitação de gestores públicos e servidores das unidades de compra e licitação neste decreto, impedem que este seja efetivamente cumprido e beneficie de fato os agricultores familiares.

Pensando nisto, o Simpósio de Compras de Alimentos da Agricultura Familiar para atendimento de órgão públicos - Minas Gerais têm por objetivo estreitar a parceria entre o MDS, Ministério da Defesa, Forças Armadas e órgãos da União, Estados e municípios no apoio às aquisições de alimentos da agricultura familiar pela modalidade Compra Institucional do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). Além disso, técnicos e servidores das áreas de compras serão orientados nos eventos sobre a preparação das chamadas públicas no atendimento das demandas de alimentos dos órgãos públicos.

Clique aqui e conheça o Decreto 8473/2015.

PARTICIPE! FAÇA SUA INSCRIÇÃO:


Programação completa: 

sexta-feira, 6 de outubro de 2017

FESTIVAL DA REFORMA AGRÁRIA - FEIRA MST

O MST retorna à capital mineira com toda sua produção de alimentos saudáveis, sua cultura, a deliciosa cozinha da roça e muito mais.

Com o tema "Alimentar a Luta, Cultivar a Arte", a feira já passou por Governador Valadares, Montes Claros e Alfenas. Agora o trem da Reforma Agrária descarrega sua produção na Serraria Souza Pinto, em BH, com muito amor, alegria, arte e tudo sem agrotóxicos!

Confira a programação do evento: 


Para maiores informações clique aqui.


quinta-feira, 5 de outubro de 2017

VOCÊ SABE O QUE É UMA ORGANIZAÇÃO DE CONTROLE SOCIAL - OCS ?

Você é agricultor familiar, seu vizinho e a moça da outra rua também. Vocês ouviram falar sobre agricultura orgânica e agroecológica e, no começo, até estranharam sobre o assunto. Imagina só, que doideira, plantar sem agrotóxico? Deve dar uma trabalheira. Mas... peraí! O senhor da rua de baixo já faz isso, ele usa umas técnicas bem legais e naturais para espantar os piolhos.

Vocês então foram conversar com esse senhor danado, e resolveram conhecer a legislação brasileira sobre o assunto. Fizeram contato com possíveis consumidores, tiraram umas dúvidas com o técnico da Emater da cidade. E não é que, essa ideia de plantar orgânico, pode ser boa?

Em conversa com o técnico vocês perceberem que criar uma Organização de Controle Social - OCS seria o jeito mas fácil. Mas como funciona isso?

A Organização de Controle Social pode ser formada por um grupo, associação, cooperativa ou consórcio, com ou sem personalidade jurídica, de agricultores familiares. Os participantes devem ser organizados, comprometidos e estabelecer com seus consumidores uma relação de confiança. A OCS deve ser ativa, ter seu próprio controle, além de garantir que os produtores assegurem o direito de visita  pelos consumidores, assim como o órgão fiscalizador, às suas unidades de produção. A legislação de regulamentação orgânica deve ser seguida pela OCS. 

Para cadastrar sua OCS, você deve procurar as superintendências do Ministério da Agricultura, e preencher uma série de documentos solicitados (o MAPA quer saber o que você planta, aonde fica sua unidade de produção, quais técnicas utiliza etc). Não tem custo nenhum!

Este cadastro é obrigatório, pois, em caso de denúncias ou suspeitas de irregularidades,  os produtores e suas unidades de produção são identificados com mais  facilidade. Esse procedimento, chamado de Rastreabilidade, garante que os direitos dos consumidores e bons produtores sejam respeitados e que os “maus produtores” não se aproveitem da boa imagem que os produtos orgânicos conquistaram. 

Assim que a Organização de Controle Social estiver cadastrada, o órgão fiscalizador deve emitir um documento, chamado de Declaração de Cadastro,  para cada produtor vinculado a ela. Esse documento  deve estar disponível no momento da venda direta  de produtos orgânicos para os consumidores. 

Viu, como é fácil? Saiba mais informações sobre o tempo de conversão da agricultura convencional para a orgânica, venda direta e outras informações sobre OCS:

  Acesse nossa aba sobre Regulamentação Orgânica


segunda-feira, 2 de outubro de 2017

Feira da UFMG - Agroecológica, Popular e Solidária

A Universidade Federal de Minas Gerais, através do Departamento de Gestão Ambiental - PRA, do AUÊ! e  do grupo de extensão Colméia Solidária, promoverá no dia 04 de outubro a feira semestral com  alimentos fresquinhos, livres de agrotóxicos e comprados diretamente do produtor. Além disso, haverá oficinas gratuitas, de participação aberta à todos. 

Fique por dentro do cronograma, participe!


terça-feira, 26 de setembro de 2017

Fundo de Parceria para Ecossistemas Críticos (CEPF) abre edital para apoio de projetos

O CEPF está com edital aberto para apoiar projetos inovadores e relevantes para a conservação e uso sustentável do bioma Cerrado; o edital irá apoiar projetos voltados ao extrativismo; gestão e proteção de habitats; água; e gestão territorial e de recursos.
Poderão se inscrever na chamada grupos e associações comunitárias, ONGs, empresas privadas, universidades, institutos de pesquisa e outras organizações da sociedade civil. As cartas de intenção deverão ser formuladas para pequenos apoios de até US$ 50.000,00 (aproximadamente 150 mil reais) ou grandes apoios de até US$ 200.000,00 (aproximadamente seiscentos mil reais).
Para submeter as cartas de intenção é preciso acessar a plataforma específica para cada modalidade: Para pequenos apoios a inscrição será feita na plataforma online Prosas e para grandes apoios no site ConservationGrants. Todos os links podem ser encontrados no edital.
Data limite: 08 de novembro de 2017
Edital e maiores informações em: http://cepfcerrado.iieb.org.br/apoio/editais/

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Governo de Minas Gerais reforça apoio ao crescimento da agroecologia

Depois de anos de crescimento, a agricultura convencional vem cedendo espaço aos produtos agroecológicos, cada vez mais procurados

Agroecologia: essa prática, que não utiliza insumos químicos na produção de alimentos, cresce em Minas Gerais impulsionada pelo apoio governamental. Além da atuação da Epamig e da Emater-MG, o Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) é o órgão responsável pela certificação dos produtos agroecológicos. 

Na Epamig, o trabalho em agroecologia tem o objetivo de expandir esse conceito considerado ideal para o desenvolvimento rural sustentável, tanto nos aspectos ambiental quanto social. O programa estadual de pesquisa em agroecologia já possui oito linhas de estudos e 19 especialistas envolvidos. Ao todo, a empresa mineira possui 12 programas de pesquisa, sendo a agroecologia um dos que mais cresceu nos últimos anos, tamanho o interesse da sociedade e, especialmente, dos pesquisadores dessa ciência.

“O princípio envolve todos os que estão nessa cadeia, sempre pensando no agricultor e no meio ambiente. Geramos conhecimento e tecnologias práticas”, ressalta a pesquisadora Madelaine Venzon, coordenadora dos estudos. Com formação acadêmica no Brasil e no exterior e baseada na unidade da Epamig em Viçosa (Território Caparaó), Madelaine diz que as pesquisas sobre a agroecologia são desenvolvidas a partir da demanda e da necessidade do agricultor, que interage com o pesquisador e o extensionista da Emater-MG. 

Diferentemente dos pesquisadores que passam grande parte do tempo nos laboratórios, os extensionistas têm o papel de acompanhar o dia a dia da produção agroecológica, que é um dos oito temas da agenda estratégica da Emater MG. Segundo o coordenador estadual deste trabalho na Emater-MG, José Luís Meirelles Ferreira, a ação vem sendo realizada, com os agricultores, na transição da agricultura convencional para a agroecológica, visando à segurança alimentar. “Os técnicos vão se adaptando ao conceito, alguns têm perfis mais avançados e outros vão seguindo o caminho”, explica. Ferreira ressalta que o trabalho tem caráter de transversalidade, que vai se espalhando e tem o objetivo de promover o aumento da qualidade de vida do cidadão com produtos sem aditivos químicos.

Ao contrário da pesquisa específica, o funcionário da Emater-MG trabalha com propriedades que desenvolvem todos os tipos de agricultura. Porém, a empresa conta com oito funcionários concluindo mestrado em Agroecologia e outros 70 pós-graduados “lato sensu” em Agroecologia pela Universidade Federal de Lavras (Ufla).


Agroecológico x orgânico

A coordenadora de pesquisa da Epamig, Madelaine Venzon, explica que a agroecologia em Minas Gerais segue uma tendência nacional e mundial de crescimento. Ela cita o volume de trabalhos inscritos, que chegam a 2.500, para o VI Congresso Latino-americano de Agroecologia e o X Congresso Brasileiro de Agroecologia, que ocorrem em Brasília, de 12 a 15 de setembro.

O número recorde demonstra a preocupação de avançar em pesquisas para aplicar na produção, conservando a biodiversidade e os recursos naturais.

As semelhanças entre o produto agroecológico e o orgânico são muitas, principalmente no que se refere ao modo de produção sem o uso de agrotóxicos. A legislação do orgânico é utilizada para nortear a produção do alimento agroecológico, que tem um viés mais social, buscando a harmonia constante com o produtor e o resgate da sua história e das suas práticas, enquanto o orgânico, muitas vezes, ganha um apelo mais comercial.

Na agroecologia, a premissa é a diversidade de culturas, em oposição à monocultura, utilizando-se plantas que fornecem vários serviços ecológicos, como aquelas que aumentam a polinização, atraem inimigos naturais, melhoram as condições do solo e são comestíveis e/ou medicinais.

Um exemplo disso é a pesquisa desenvolvida com o ingá na produção cafeeira. O fruto se tornou um grande aliado, diminuindo a incidência de pragas, atraindo os inimigos naturais.

Já o produto orgânico tem métodos de produção parecidos com os do agroecológico. José Luís Ferreira, da Emater-MG diz que a legislação é bastante criteriosa para se chegar à certificação, que tem uma série de condicionantes, como qualidade, onde e por quem ele é produzido e em que condições.

“Além da produção são trabalhados os aspectos social e ambiental para que o produto seja reconhecido como orgânico. É um mercado cobiçado e queremos bases bem sólidas para ele. Toda produção de hoje é absorvida, por isso a tendência é de crescimento”, assegura Ferreira.

Segundo o coordenador estadual da Emater-MG, a agroecologia tem sido uma construção coletiva, inclusive ouvindo o consumidor, que é a peça-chave no processo desenvolvimento da atividade. Ele reforça que, ao adquirir o produto orgânico, o cidadão está validando e financiando essa prática.

O trabalho da Emater-MG com agroecologia se desenvolve em praticamente em todo o estado. Entretanto, existem alguns mais destacados em locais como a região de Pouso Alegre, no Território Sul, em parceria com o Instituto Federal do Sul de Minas; na região de Juiz de Fora (Bocaina de Minas, no Território Mata); na região de Sete Lagoas (Capim Branco); e na Região Metropolitana de Belo Horizonte (ambos no Território Metropolitano).

De acordo com José Luís Ferreira há um trabalho significativo no Território Metropolitano com agricultura urbana e periurbana (área periférica que se aproxima da zona rural), que reúne 3.418 agricultores familiares. Alguns têm base agroecológica, trabalham com hortaliças e frutas e são certificados pelo IMA parceiro na tarefa.

“A agroecologia está se espalhando e a ideia é a contaminação de todos. É um processo de transição que tem muito respaldo e retorno. A qualidade do alimento é mais importante do que a a quantidade”, salienta Ferreira.

Da pesquisa, extensão à certificação

A agricultora Daniela Leonel diz ter realizado um sonho há cinco anos, quando iniciou, ao lado do marido, o plantio de hortaliças dentro do conceito agroecológico. Com uma propriedade de 2 hectares em Caeté (Território Metropolitano), distante 35 km de Belo Horizonte, ela tem uma horta de 3 mil metros quadrados, área na qual consegue produzir 40 variedades de legumes e verduras.

Desde que iniciou sua atividade na agricultura, Daniela vem recebendo apoio do Estado, por meio da Emater-MG, que faz a extensão a partir das pesquisas realizadas pela Epamig. Há, três anos sua propriedade conseguiu a certificação do IMA como produtora de orgânico.

“A Emater, desde o início, vem nos dando apoio e direção para compreendermos a agroecologia. Sempre nos motivou e nos trouxe muita informação, inclusive para conquistarmos a certificação junto ao IMA”, relata Daniela, que tem a capital mineira como principal destino dos seus produtos.

A produtora estabeleceu uma relação direta com o consumidor em feiras e também na entrega em domicílio, que realiza duas vezes por semana em rotas diferentes. Os interessados nesse serviço se cadastram no site www.emporiumdaroca.com.br e escolhem os produtos orgânicos. O negócio tem dado muito certo e a expectativa é de ampliar a área plantada e a logística.

Para o também horticultor Luciano Poné Moreira, que trabalha em Capim Branco (Território Metropolitano), a 45 km de Belo Horizonte, o trabalho iniciado há um ano e três meses apresenta resultados além das expectativas.

Casado e pai de dois filhos, Luciano, que já acumulava experiência no plantio de orgânicos como empregado, resolveu ter o seu próprio negócio. Ganhou o apoio da mulher e do filho de 20 anos para uma rotina pesada, porém, gratificante.

O produtor acreditou no sistema agroecológico por tudo o que ele traz de vantagens, ao mesmo tempo em que viu a necessidade de se diferenciar da maioria. A produção de Moreira atende a estabelecimentos de Capim Branco, Matozinhos, Pedro Leopoldo e chega a Belo Horizonte por meio de uma feira no centro da cidade.

“Eu tenho toda a atenção da Emater-MG, desde que comecei e, com essa ajuda e orientação, já estou com tudo pronto para receber a visita dos técnicos do IMA e concluir o processo da certificação. É a última etapa”, acredita.

Na Emater-MG as parcerias também foram estabelecidas com Epamig, Embrapa, IMA, universidades e institutos federais, Articulação Mineira de Agroecologia (AMA), Núcleos de Estudos em Agroecologia (Neas) e Rede Urbana de Agroecologia Metropolitana (RUA).


Novas frentes

Na Epamig, a pesquisadora Madelaine Venzon afirma que, entre outros projetos previstos para a agroecologia estão sendo estudadas plantas medicinais e aromáticas, como manjericão, coentro e erva-baleeira, para atrair inimigos naturais e polinizadores. Há também projetos com hortaliças não convencionais e com o café orgânico.

A pesquisadora acredita que, no futuro, não vai ser opção, mas uma necessidade a não utilização de agrotóxico na produção agrícola. Por isso, a pesquisa tem de estar com as soluções para isso.

“Acho que o crescimento da agroecologia é uma realidade e que a tendência é fortalecer ainda mais, porque estamos verificando que a agricultura convencional não é muito sustentável. O volume de inseticida é muito alto e os resultados obtidos não são os esperados, além de todos os problemas associados ao meio ambiente e à toxicidade dos produtos”, afirma Madelaine.

Na Europa, alguns países se destacam na pesquisa e produção agroecológica, como Alemanha, França, Espanha e Holanda. Nos EUA, a região da Califórnia prima pelo desenvolvimento da ciência. No Brasil o movimento social chegou primeiro, ganhou espaço e a ciência também já dá passos importantes, aliados à prática. Na América Latina, em geral, existe um envolvimento crescente e experiências inovadoras.

Madelaine, que é também orientadora na pós-graduação em Entomologia da Universidade Federal de Viçosa (UFV), revela que é surpreendente o interesse dos pesquisadores no Brasil pela agroecologia nos últimos anos, principalmente, por reunir ciência e prática. Ela acredita que o diferencial se dá pelo fato de o pesquisador trabalhar com algo que pode ser aplicado.

Em Minas Gerais, a Epamig compreendeu a necessidade de investir e firmar parcerias com a Emater-MG, instituições de ensino e pesquisa, como as Universidades Federais de Minas Gerais (UFMG), Viçosa (UFV) e Lavras (Ufla), institutos federais - principalmente os do Norte de Minas - e o Centro de Tecnologias Alternativas (CTA), ONG viçosense prestes a completar três décadas de tradição no tema.

Linhas de pesquisa consolidadas

Em relação às regiões mineiras onde existem mais trabalhos de pesquisa na agroecologia, destaque para o Território Mata, além de Sete Lagoas, São João del Rei (Vertentes) e o Sul e Norte de Minas.

Informações adicionais: http://www.epamig.br/agroecologia-4/

segunda-feira, 11 de setembro de 2017

AGROECOLOGIA 2017

Começa amanhã, 12 de setembro, em Brasília, o VI Congresso Latino-Americano de Agroecologia, X Congresso Brasileiro de Agroecologia e o V Seminário de Agroecologia do Distrito Federal e Entorno!

Serão mais de 120 atividades, sendo palestras, oficinas, plenárias, reuniões abertas, mesas redondas, mini-cursos etc. 

Inscreva-se! Participe! http://agroecologia2017.com/

BRASIL AGROECOLÓGICO

Já conhece o Portal da Agroecologia? 

Fique por dentro!

quarta-feira, 9 de agosto de 2017

Seminário Sistemas Agroflorestais como Instrumento para Recuperação Ambiental: um olhar sobre Minas Gerais.


A Câmara Técnica de Agroecologia, Produção Orgânica e Agricultura Urbana (CTAPO) do CEDRAF-MG, convida para o Seminário Sistemas Agroflorestais como Instrumento para Recuperação Ambiental: um olhar sobre Minas Gerais. 

O seminário objetiva contribuir com a legislação mineira referente a recuperação ambiental, regulamentando a utilização de práticas agroecológicas que geram sustentabilidade socioeconômica e ecológica. Está sendo organizado pelo Instituto Estadual de Florestas e SEMAD, Articulação Mineira de Agroecologia e Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agrário.




Obs: 1. A Programação do dia 10/08 se dará no Auditório Anfiteatro 3 do Instituto de Ciências Biológicas (ICB) da UFMG.


quarta-feira, 26 de julho de 2017

PRODUÇÃO ORGÂNICA DO MILHO: MAIS SAÚDE PARA O CONSUMIDOR

Sistemas de agricultura orgânica podem beneficiar em especial pequenos produtores que, tradicionalmente, utilizam poucos insumos externos à propriedade, fundamentando seu processo produtivo no capital ecológico regional. Beneficiam também um segmento crescente de produtores que têm como objetivo investir em um nicho sustentável de produção, como a cadeia aviária orgânica, e, por fim, consumidores finais dispostos a pagar por um produto mais saudável.



segunda-feira, 12 de junho de 2017

CURSO FORMAÇÃO DE LÍDERES EM AGROECOLOGIA E PRODUÇÃO ORGÂNICA

A IFOAM – Federação Internacional de Movimentos de Agricultura Orgânica em parceria com o Instituto do Bem-Estar – IBEM oferece pela primeira vez no Brasil, o Curso Formação de Líderes em Agroecologia e Produção Orgânica. Curso já realizado com sucesso na Europa, Ásia e América Latina desde 2012.
Para solicitar inscrição escrever para p.flores@ifoam.bio.
E para mais informações veja o folder no link abaixo:

Greenmeeting Rio 2017


Com foco nas mudanças climáticas e recursos hídricos, o Rio de Janeiro sediará nos dias 25 e 26 de setembro, o XVI Encontro Verde das Américas, o "Greenmeeting Rio 2017". Um importante Fórum que visa propor soluções para as principais questões socioambientais e econômicas do Brasil e do hemisfério. 

O objetivo do Encontro é ser um banco de ideias que possa apresentar inovações e propostas importantes que leve ao desenvolvimento de empreendimentos sustentáveis, socioambientais e econômicos, configurando como uma startup de aceleramento de iniciativas inovadoras, entre elas técnicas referentes às mudanças climáticas, água e energia renovável.

→ Inscrições gratuitas no Link Credenciamento do site: www.greenmeeting.org
"Os participantes receberão certificado de participação com carga horária".

Contato: secretaria@greenmeeting.org


terça-feira, 23 de maio de 2017

ATENÇÃO!

Semana do Alimento Orgânico de Minas Gerais

Programação Atualizada!

Fiquem atentos à nova programação da SAO 2017.

segunda-feira, 22 de maio de 2017

Experiências na Construção Social de Mercados

Aconteceu no município de Torres, no Rio Grande do Sul, o seminário “Experiências na Construção Social de Mercados”, entre os dias 17 e 20 de maio. O objetivo é trocar experiências e conhecer iniciativas de comercialização local de alimentos agroecológicos e, a partir dessas práticas, elaborar estratégias para a construção de circuitos curtos de comercialização.


quarta-feira, 17 de maio de 2017

PRÓXIMOS EVENTOS

SEMANA DO ALIMENTO ORGÂNICO 2017

Semana do Alimento Orgânico, em 2017, será iniciada no dia 28 de maio, com o tema “Você também faz parte desta rede! Ajude a garantir a qualidade orgânica!”. 

Cada unidade da federação define suas atividades e programação, por meio das Comissões da Produção Orgânica – CPOrg-UF, em articulação e parceria com produtores e entidades do setor público e da sociedade civil locais, viabilizadas por meio das Superintendências Federais de Agricultura. As atividades desenvolvidas abrangem seminários, reuniões técnicas, dias de campo, oficinas, cursos, degustações de produtos orgânicos, apresentação de vídeos, panfletagem em shoppings e supermercados, feiras livres e atividades artísticas, alémde várias matérias veiculadas em jornais, rádios e noticiários de televisão.

A campanha tem como principal objetivo reforçar, para a população brasileira, principalmente urbana, que os sistemas de produção orgânica se baseiam em princípios da agroecologia e que, portanto, buscam viabilizar a produção de alimentos e outros produtos necessários ao homem, de forma mais harmônica com a natureza, contribuindo para a saúde de todos e com justiça social emtodos os segmentos da sua rede de produção.

A Coordenação de Agroecologia - COAGRE utiliza essas campanhas também para esclarecer a sociedade sobre os mecanismos de controle que são utilizados, no Brasil, para a garantia da qualidade orgânica, de que maneira os consumidores podem identificar esses produtos no mercado e como podem participar do processo de controle social, para que possamos evitar as fraudes, que prejudicam tanto os produtores como os consumidores.


AGROECOLOGIA 2017 - BRASÍLIA


Evento Brasília Agroecológica 2017 contempla a programação unificada dos seguintes congressos e seminários: VI Congresso Latino-americano de Agroecologia, X Congresso Brasileiro de Agroecologia, IX Encontro Nacional dos Estudantes de Agroecologia e V Seminário de Agroecologia do DF e Entorno. O tema do encontro é a “Agroecologia na transformação dos sistemas agroalimentares na América Latina: memórias, saberes e caminhos para o Bem Viver”.

O Congresso tem como objetivos difundir os princípios da Agroecologia; potencializar os processos participativos e de amplo diálogo entre sociedade civil, academia e poder público; fortalecer as redes e teias de agroecologia; dar visibilidade às experiências agroecológicas da América Latina; contribuir para a construção do conhecimento de base agroecológica e para os avanços teóricos, práticos e políticos.

O tema central do evento resgata a importância da Agroecologia na transformação dos sistemas agroalimentares no mundo a partir de um olhar de reconhecimento à memória biocultural latino-americana, sua riqueza e sua contribuição histórica e relevante para a alimentação mundial. Permite olhar o passado, entender onde estamos e discutir quais caminhos futuros a seguir para construir o Bem Viver entre os países na América Latina.

Programação, inscrição e outras informações em: http://agroecologia2017.com/ . 

terça-feira, 16 de maio de 2017

FICHAS AGROECOLÓGICAS

As "Fichas Agroecológicas: Tecnologias Apropriadas para a Produção Orgânica" resultam de uma parceria entre a COAGRE/MAPA, pesquisadores da Embrapa e participantes das redes de produção orgânica e de agroecologia. Seu objetivo é ampliar a adoção e melhorar o manejo dos sistemas orgânicos de produção no que tange à disponibilidade de material técnico.

Preparo de húmus de minhoca, adubação verde, consórcio de plantas e controle natural de formigas são algumas das técnicas descritas passo-a-passo nas fichas.

Acesse o site do MAPA e obtenha as fichas agroecológicas em: http://www.agricultura.gov.br/…/organ…/fichas-agroecologicas


quinta-feira, 13 de abril de 2017

OFICINA: ELABORAÇÃO E USO DE PREPARADOS BIODINÂMICOS




INSCRIÇÕES COM DESCONTO ATÉ 15/04! - VAGAS LIMITADAS.


Conforme a Associação Biodinâmica : 

"Os preparados biodinâmicos foram desenvolvidos por Rudolf Steiner, com base na Antroposofia.

Estes podem ser divididos em dois grupos; os que são pulverizados no solo e nas plantas, e os que são inoculados em composto ou outras formas de adubos orgânicos como biofertilizantes e chorumes. Os Preparados tem uma numeração que vai de 500 a 508 que surgiu primeiramente como um código e nos dias de hoje facilita a comunicação internacional, entretanto é melhor utilizar o nome próprio de cada um quando nos referirmos a eles.

Os preparados podem ser considerados como remédios homeopáticos no que diz respeito às substâncias naturais utilizadas, aos processos de dinamização e a atuação através de forças e não de substâncias e por serem utilizados em quantidades mínimas, entretanto eles não se prendem a teoria ou a prática da homeopatia médica. Eles são elaborados a partir de plantas medicinais, esterco e silício (quartzo), que são envoltos em órgãos animais, enterrados no solo e submetidos às influências da Terra e de seus ritmos anuais."

INSTITUTO DO BEM ESTAR - IBEM - www.ibembrasil.org

Acompanhe publicações sobre sustentabilidade, agroecologia, orgânicos, cursos e eventos na página: facebook.com/ibembrasil.org.

segunda-feira, 27 de março de 2017

PRÊMIO JULIANA SANTILLI AGROBIODIVERSIDADE 2017

PRAZO PARA INSCRIÇÃO DE PROPOSTAS: 15 DE MARÇO A 20 DE JUNHO DE 2017


O Prêmio Juliana Santilli é uma iniciativa do Instituto Socioambiental, da Associação Bem-Te-Vi Diversidade e da Editora Mil Folhas do IEB.

Objeto: Premiar iniciativas, individuais ou coletivas, que fazem a diferença, promovendo a ampliação, a conservação, o acesso, a distribuição ou o uso de produtos da agrobiodiversidade. Premiar, ainda, a produção intelectual sobre o tema.

Justificativa: A obra e atuação de Juliana Santilli estão concentradas em três grandes temas: direitos coletivos e biodiversidade, agrobiodiversidade e sistemas agrícolas e, mais recentemente, direito à alimentação.

A marca de seu trabalho sempre foi o novo, a fronteira. Quando o socioambientalismo era ainda um conjunto de ideias de vanguarda, com grande poder de mobilização, mas ainda pouco consolidado, foi o trabalho de Juliana que deu forma e estabeleceu um novo campo disciplinar. Seu esforço de pesquisa, compilação de informações, análise e reflexão sobre o tema, explícito no livro "Socioambientalismo e os novos direitos", fez uma enorme diferença no cenário intelectual, mas principalmente porque em seu cerne havia um compromisso com reconhecimento dos conhecimentos dos povos indígenas e das comunidades tradicionais.

No caso da agrobiodiversidade, tal compromisso fica ainda mais explícito. São as práticas tradicionais que asseguram a manutenção da diversidade agrícola. Juliana trabalhou sempre combinando uma robusta análise intelectual e jurídica com uma discussão com os detentores de conhecimentos tradicionais sobre suas necessidades, saberes e práticas. O resultado pode ser visto em seus livros: “Agrobiodiversidade e direitos dos agricultores” e “Agrobiodiversity and the Law”.

Tendo em perspectiva as múltiplas dimensões articuladas no ato alimentar (ambiental, econômica, política e sociocultural), Juliana Santilli dedicou-se a apontar caminhos jurídicos para a defesa do direito à alimentação adequada, à diversidade agroalimentar e a um ambiente saudável, além da necessária construção de relações mais justas e solidárias entre produtores e consumidores.

Considerando os entraves impostos pelo mercado globalizado, o prêmio aponta para a necessidade de defesa desses direitos, por meio da discussão de normas de produção e uso dos alimentos, mas também de ações que visem ao reconhecimento, valorização e sustentabilidade social, cultural e ambiental de diferentes sistemas agrícolas, bem como à renovação de práticas de produção, acesso e uso de produtos da agrobiodiversidade.

Com a ideia de dar alguma continuidade ao trabalho revolucionário de Juliana, o prêmio foi concebido para incentivar iniciativas inovadoras (individuais ou coletivas) no campo da agrobiodiversidade. Assim, podem ser contempladas pelo prêmio experiências sociais ou estudos que contribuam para a ampliação, conservação, distribuição ou uso de produtos da agrobiodiversidade mas também para o acesso ao alimento, uma vez que essas dimensões se retroalimentam.

O desafio da conservação da agrobiodiversidade não passa apenas pelas formas de produção, que em geral precisam resistir a um modelo homogeneizador, mas também pelas demandas do “mercado” que conspiram contra a diversidade.

Paralelamente, entendemos a importância de publicar debates e reflexões sobre o tema, como Juliana sempre fez. Dessa forma, o prêmio inclui uma categoria de publicação para pessoas que atuam nessa área do conhecimento.


quinta-feira, 16 de março de 2017

CURSO DE PÓS GRADUAÇÃO EM AGRICULTURA NATURAL


Estão abertas as matrículas para 3ª Turma do Curso de Pós Graduação em Agricultura Natural em São Paulo, com a previsão de início em setembro/2017.

O objetivo do curso é de capacitar profissionais quanto aos conceitos, métodos e práticas da Agricultura Natural embasada na filosofia de Mokiti Okada. Um elemento importante que será utilizado é o conceito de transição agroecológica.

O curso visa ainda a capacitação de profissionais para atuar em empreendimentos rurais, empresas agropecuárias, docência, assistência técnica, marketing e comercialização de produtos oriundos deste sistema, procurando promover benefícios a produtores, aos consumidores e a sociedade.

Mais informações e inscrições: http://www.faculdademessianica.edu.br/

Contatos:  Ana Luiza Potengy.  Tel.(19) 3576-1588 
Ramal 207      E-mail: ana.potengy@cpmo.org.br